quarta-feira, 4 de maio de 2011

cartas..........


Todas as cartas que escrevi nunca foram enviadas… talvez medo, talvez falta de coragem, quiçá vergonha… Ficaram bem guardadas para mim! No entanto, após um vasto processo de reflexão, resolvi publica-las no meu blog para quem quiser dispensar uns minutos a mastigar palavras alheias…
Nunca percebi porque o fiz, talvez escrever me fizesse sentir paz, provavelmente alivia-se minha tristeza, minha ansiedade e devaneios emocionais.
Escrevi para amores perdidos, perdidos no tempo mas não na memória. Escrevi apenas para desabafar! Poderia aniquilar minhas angústias de outro modo mas escrever revela-se um bom analgésico para exorcizar perdas, inquietudes, desejos, medos… Escrevi para não ter vontade de morrer… possivelmente escrever tornou-se uma espécie de droga para mim capaz de atenuar momentaneamente aquilo que está enraizado dentro de mim…
Todos os textos marcam fases da minha vida, fases repletas de dissabores que a palavra amar provoca… já não existem relações duradouras e” foram felizes para sempre” tornou-se obsoleta. Diria mesmo que o amor já nem sequer é mais amor, está deveras desgastado por todos aqueles que teimam em empregar o seu sentido em vão. Hoje todos banalizam por completo o sentido existente na palavra amor. Acredito que existem paixões eternas; creio que o amor actualmente se tornou efémero.
Considero que o amor deve ser uma espécie de parasita, mas sem relação de mutualismo, que se aloja na nossa pele, e nos suga até ao tutano… Afinal quem sabe o que é o amor? Será que o amor não passa de um mito, daqueles que tentamos perpetuar no tempo, ou será mesmo o amor, amor e não sabemos usá-lo devidamente?

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