segunda-feira, 23 de abril de 2012

Blackbird

"Blackbird singing in the dead of night, Take these broken wings and learn to fly. All your life, You were only waiting for the moment to arise. Blackbird singing in the dead of night, Take these sunken eyes and learn to see. All your life, You were only waiting for the moment to be free. Black bird fly, black bird fly Into the light of the dark black night. Black bird fly, black bird fly Into the light of the dark black night. Blackbird singing in the dead of night Take these broken wings and learn to fly. All your life You were only waiting for this moment to arise You were only waiting for this moment to arise You were only waiting for this moment to arise!"

terça-feira, 14 de junho de 2011

Esse porto já não é meu...


De coração vazio espero por ti do outro lado da margem, quieta, serena, fitando toda a linha que delimita a margem em que te encontras… e por ali fico, quase que apática esperando que aquele barco de madeira, feio, desgastado pela intempérie te leve para junto de mim.
Espero pelo êxtase que a tua vinda causará… Anseio por um despoletar de emoções antagónicas… Mas isso era no tempo em que esperar por ti representava tudo para mim… Em que a tua vinda preenchia meu olhar de uma felicidade inigualável!
Assim passaram dias, que se transformaram em meses e mais tarde anos… Com tantos dias passados as raízes que me prendiam àquele chão, que me mantinham de olhos brilhantes e repletos de esperança, subitamente se transformaram numa espécie de massa amorfa, fazendo com que me conseguisse finalmente libertar daquele solo que durante muito tempo foi meu lar, meu aconchego, meu alimento, minha força de viver.
Finalmente me consigo desligar desse solo, levantar-me e seguir em frente sem saudades de olhar-te pelas frechas existentes entre o nevoeiro. Aquela margem já não me pertence, é um porto vazio, sem amor, sem esperança… Já nada espero de ti… Não remes mais esse barco… Não te fito mais, não te sinto como antes, não espero que as nossas margens se voltem outrora a encontrar… O fado afastou-nos, criou em nós uma distância imutável que perpetuará para sempre, porque afinal esse porto já não me pertence, já não é meu…

terça-feira, 10 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

cartas..........


Todas as cartas que escrevi nunca foram enviadas… talvez medo, talvez falta de coragem, quiçá vergonha… Ficaram bem guardadas para mim! No entanto, após um vasto processo de reflexão, resolvi publica-las no meu blog para quem quiser dispensar uns minutos a mastigar palavras alheias…
Nunca percebi porque o fiz, talvez escrever me fizesse sentir paz, provavelmente alivia-se minha tristeza, minha ansiedade e devaneios emocionais.
Escrevi para amores perdidos, perdidos no tempo mas não na memória. Escrevi apenas para desabafar! Poderia aniquilar minhas angústias de outro modo mas escrever revela-se um bom analgésico para exorcizar perdas, inquietudes, desejos, medos… Escrevi para não ter vontade de morrer… possivelmente escrever tornou-se uma espécie de droga para mim capaz de atenuar momentaneamente aquilo que está enraizado dentro de mim…
Todos os textos marcam fases da minha vida, fases repletas de dissabores que a palavra amar provoca… já não existem relações duradouras e” foram felizes para sempre” tornou-se obsoleta. Diria mesmo que o amor já nem sequer é mais amor, está deveras desgastado por todos aqueles que teimam em empregar o seu sentido em vão. Hoje todos banalizam por completo o sentido existente na palavra amor. Acredito que existem paixões eternas; creio que o amor actualmente se tornou efémero.
Considero que o amor deve ser uma espécie de parasita, mas sem relação de mutualismo, que se aloja na nossa pele, e nos suga até ao tutano… Afinal quem sabe o que é o amor? Será que o amor não passa de um mito, daqueles que tentamos perpetuar no tempo, ou será mesmo o amor, amor e não sabemos usá-lo devidamente?

terça-feira, 3 de maio de 2011

uma simples música




A música é sem dúvida alguma uma arte que despoleta em cada um de nós um turbilhão de sensações… E em muitas circunstâncias a melodia, a letra da mesma faz o nosso pensamento vaguear por alguns instantes, levando-nos a reflectir, a relembrar, e muitas das vezes a sonhar… É como se o espírito se separa-se do corpo e viaja-se num mundo de lembranças, desejos, de sonhos! Interessante o modo como a simplicidade de uma música pode deixar marcas profundas em cada ser humano.
Um dia disseram-me que existem diversas coisas para as quais não damos atenção, que passam por nós e nem nos apercebemos da grandeza existente na sua singela pequenez… Com a música em questão passou-se exactamente o mesmo. Apesar de a conhecer nunca meditei sobre ela, nunca lhe dei a devida atenção… Mas assim que a escutei com o coração, no momento em que a deixei penetrar em mim, descobri que tinha algo de especial, talvez a música represente um pouco daquilo que sinto actualmente…
Não são necessárias explicações minuciosas para se deslindar a mensagem que se pretende passar; não é necessária sabedoria de mestre para compreender a essência da mesma e a razão de a empregar!

Da simplicidade se criam enigmas meticulosamente místicos… é bom deslinda-los!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

tivesse eu força para dizer.........


Afasta-te de mim… afasta-te velozmente… continua a tua marcha e não hesites nem por um segundo que seja… olha em frente, sem virares o teu rosto para me fitar… quebras-te todas as directrizes que tínhamos delineado! Agora nada mais resta… apenas um vazio inócuo! As lembranças? Para que me servem? Entopem meu pensamento e apertam o meu coração… deixa-me voar, liberta-me e continua a andar. Neste rio já não existe água cristalina, o seu aspecto turvo ofusca o brilho que um dia existiu…
Por isso não interrompas a tua marcha, deixa-te ir que eu aqui fico embrenhada na minha melancolia, e em todos os pedaços que sobraram no final de uma guerra em que nada logrei.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

pois bem....há que pensar....

"Pensar o meu país. De repente toda a gente se pôs a um canto a meditar o país. Nunca o tínhamos pensado, pensáramos apenas os que o governavam sem pensar. E de súbito foi isto. Mas para se chegar ao país tem de se atravessar o espesso nevoeiro da mediocralhada que o infestou."

Vergílio Ferreira