sábado, 29 de maio de 2010

Pensamentos....

Há dias em que me sinto assim…………. Perdida, pensativa, ou talvez apenas nostálgica. É deveras estranho acordar e verificar que a tua realidade sofreu um forte abalo, daqueles que deixam estragos profundos, daqueles que teimam em não desvanecer da memória.
Neste preciso momento aflui ao meu pensamento a máxima “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades… O tempo é composto de mudança”. Perante a frase em questão sinto-me envolvida por sentimentos antagónicos. Se por um lado sou apologista da mudança, por outro sinto-me um pouco receosa face à mesma. Há mudanças que têm um forte sabor a fel, que queimam as nossas entranhas… Mas esta existe e temos que aprender a viver com ela, quer queiramos, quer não... Ela faz parte integrante da vida e não pode ser simplesmente apagada com um simples “delete”. Talvez a mudança seja uma forma de aprendizagem, talvez seja apenas uma passagem para outro nível, talvez seja um aviso, talvez a mudança faça parte de um conjunto de normas sociais, talvez a mudança seja apenas mais uma criação da humanidade, em que cada um de nós é responsável por essas mesmas mudanças... Nada acontece por acaso, e para tudo existe um propósito! Talvez a minha mudança queira dizer algo, algo que tenho que descodificar…. Talvez a mudança com a qual me deparei seja uma forma de dizer “acorda há coisas que estás a perder” ou então “chega de sonhar, a vida não pode ser levada dessa forma demasiadamente idílica”!
Voltar atrás e modificar algo? Recuperar o tempo perdido? Se eu tivesse essa possibilidade provavelmente não usufruía dela, o que passou, passou o que está feito, feito está! Essa é uma questão que já não me move, que me parece demasiadamente utópica!
“O tempo que não volta”… Isso fez-me pensar e constatar que não podemos consertar o que está feito… Há que olhar em frente e seguir, sem receio do que ficou para trás… A vida é mesmo assim, uma viagem sem retorno, portanto há que olhar sempre em frente e não tirar os olhos do horizonte! Olhar para trás? Sim, é necessário fazê-lo, mas nunca devemos ficar eternamente presos ao que faz parte do passado, ao que já não existe. Deixe-mos que as coisas boas façam parte da nossa infindável arca das recordações! E quanto às coisas que nos magoaram, que nos marcaram de um modo mais pejorativo, vamos apenas aprisiona-las num canto da nossa memória e pensar que elas apenas nos tornaram mais fortes, mais resistentes…
Em suma, há que tentar traçar do melhor modo o nosso caminho, e viver cada dia como se fosse o último, aproveitando cada gesto, cada momento… A vida é dura, mas única… “CARPE DIEM”!


“O tempo não voltará, eu não me importarei com isso…”

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