quarta-feira, 10 de março de 2010

Coisas simples...


Andamos todos demasiadamente atarefados, de um lado para o outro ocupados com a tradicional e tão falada rotina. Vivemos de tal modo embrenhados na nossa rotina, que os nossos olhos cegam, transformando-nos em autênticos robots, numa sociedade sem tempo para as coisas simples da vida. Atrevo-me mesmo a dizer que poderíamos ser equiparados a ampulhetas em tamanho XXL… sempre muito apressados tentamos aproveitar ao máximo todo o tempo, antes que ele se esgote, antes que ele nos escape por entre os dedos. E depois de um dia vem o outro, e depois mais outro, e a rotina continua a estar no topo da hierarquia…
Quando é que paramos para respirar? Onde é que pára o tempo para as coisas simples da vida? Não há… a rotina ingeriu essa réstia de tempo…
É urgente despender um pouco do nosso preciso tempo com “as coisas simples da vida”… Porque não passar alguns minutos em frente ao mar, a escutar a rebentação das ondas na praia; apreciar a gargalhada de um desconhecido; alimentar a alma com um toque, com um simples abraço; saborear um beijo como se fosse o primeiro; escutar a melodia melancólica de um dia de tempestade; ouvir a mesma música vezes sem conta; fitar o olhar de alguém sem medo de se enamorar; correr sem destino; arriscar ganhar o céu sem ter medo de perder o mar? Tudo o que mencionei faz parte daquilo que é designado por “coisas simples”, que no meu ponto de vista são gigantescas na sua singela pequenez.
Confesso que também eu sou contagiada pela febre da rotina, no entanto não me considero uma escrava da mesma, sendo que tenciono aproveitar todos os momentos pequenos e simplistas que nos passam ao lado!

O tempo passa como um rio, sempre na mesma direcção, sem que exista um possível retorno…

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